Esse momento mágico aconteceu ontem a noite no 9:30 Club, em Washington DC. Fiquei emocionada e fui tirar minha máquina para registrar, quando o seguranca chegou pertinho e disse que não podia tirar fotos. Fiquei frustada, mas minha emoção não abalou.
A iluminação era simples. No palco nenhuma decoração. A banda super afiada, o baixista Fernando Saunders faz de seu baixo um violino, em várias passagens. O baterista Tony "Thunder" Smith é um show de carisma, enquanto o guitarrista Mike Rathke é um guitarrista de rock, com todos os melhores adjetivos do termo. E Lou é Lou, ou seja, camiseta preta de lurex, calça jeans. Apenas isso, e muita poesia. O show é um antídoto perfeito para, por duas horas, nos fazer esquecer do mundo lá fora. Da violência, dos assaltos e dos corações partido, das pessoas que estão longe. Uma vez no mundo de Lou Reed, não tem jeito, você é pego.
Louis Allan Reed declamou para o público suas letras urbanas, poéticas, proféticas, mágicas, urgentes. Um pouco rouco, umas falhas na voz, mas isso nao abalou o show do cara que decidiu fazer música para unir o som de sua Fender com um texto tão forte quanto os de Shakespeare e Dostoevsky.
Você conhece o som de uma Fender? Se disse que sim, só tenho uma constatação: você já foi num show do Lou Reed? Sim, porque só quem foi num show desse cara sabe o real som que tem uma Fender Stratocaster. Eu fui. Eu vi. Ouvi. E no capitulo do rock and roll "já posso morrer feliz" eu digo: eu vi Lou Reed e ele tocou Sweet Jane e Perfect Day.

4 comments:
Aproveitando tudo o q há de bom ai né guria!
valha que tudo!
Caralhooooooooo
Morri.
hummmmmmmmm bom demais!!
neto pessoa!
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